"Segue-se o padrão..."
Alguém diria.
Entretanto, são tantas idas e vindas de progressos e retrocessos que fazem o tempo parecer algo tão inútil como só uma ficção barata poderia ser.
Uma xícara de café certamente me animará.
A mente continua a mentir.
Sabe-se lá que dia isto mudará!
Ao invés, posso desmaterializar a fonte do conhecimento que se diz conhecido e desistir dessa busca tão inútil como só o tempo poderia ser.
Acho melhor acender um charuto. A tensão já me consome como não me lembrava ser possível.
A mente mente.
O fogo. Preciso do fogo. Acho melhor esquentar a água. Um café me fará sentir melhor.
Talvez melhor seria se ouvisse um jazz. Duke Ellington e John Coltrane. Como gosto desse disco.
A faixa 2! Não quero a primeira. Se ao menos soubesse alguma coisa de inglês.
Mas vai saber se isso existe! Só ouço ou vejo em alguns filmes que por vezes passam na tv.
A água está quente. Melhor me preocupar com o café. Uma xícara de café melhorará tudo.
Certamente.
Onde diabos deixei o charuto?
O cheiro do contato é muito bom. O fogo e a panela. A panela e a água. A água e o café. O café e a língua.
Que cheiro bom de café. No coador de café.
A vista não é sempre observada. Uma lua. Um degradê. Um pôr do sol onde não se vê o sol mais.
Parecem nuvens desenhadas. Melhor...recortadas de uma fotografia e coladas sobre o degradê.
Uma xícara de café. Não faz diferença. Uma só xícara de café. Afinal, para que outra xícara? Uma só basta.
Uma lua. Uma xícara. Um café. Um charuto.
A mente não cansa.
São tantos pensamentos em desencontros. Tantas ideias que insistem em se dizer melhores. Como pode?
E como poderei conhecer tudo?
O contato. O dedo e o fósforo. O fósforo e a caixa. O fósforo e o charuto. O charuto e os lábios. A fumaça e a boca. A fumaça e o vento. O degradê. O sol e a lua.
São só ideias. Qual delas contém a verdade? Se é que alguma contém a verdade.
O sentimento. Quanto ao sentimento não há inverdade. O sentimento do jazz. O sentimento do café. O sentimento que se sobrepõe à ideia. O sentimento de lua.
Um gole de café. Uma baforada. Uma visão de degradê.
Com tanto céu. Com tanto degradê. Com tanto café. Com tanta fumaça. Com tanta mente, que mente e mente. Com tanta lua. Como pode ser verdade? Uma mente ou um café? Uma ideia ou uma afirmação?
A mente não para. Não quer parar. Outra baforada. Um gole de café.
- Adoro essa música!
São ritmos constantes. De um lado ao outro. Indo e vindo. Progresso e retrocesso. A mente mente.
Não há pensamento em vão.
Não há verdade no pensamento. Há verdade. Não há. Há.
Outro gole de café.
Eu quero o sentimento. O feeling como se dizem nos filmes que vejo às vezes na tv.
O jazz.
Uma xícara de café.
Um charuto.
Nada ortodoxo.
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