Encaminhando ou FW:

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Devaneios nada ortodoxos

"Segue-se o padrão..."

Alguém diria.

Entretanto, são tantas idas e vindas de progressos e retrocessos que fazem o tempo parecer algo tão inútil como só uma ficção barata poderia ser.

Uma xícara de café certamente me animará.

A mente continua a mentir.

Sabe-se lá que dia isto mudará!

Ao invés, posso desmaterializar a fonte do conhecimento que se diz conhecido e desistir dessa busca tão inútil como só o tempo poderia ser.

Acho melhor acender um charuto. A tensão já me consome como não me lembrava ser possível.

A mente mente.

O fogo. Preciso do fogo. Acho melhor esquentar a água. Um café me fará sentir melhor.

Talvez melhor seria se ouvisse um jazz. Duke Ellington e John Coltrane. Como gosto desse disco.

A faixa 2! Não quero a primeira. Se ao menos soubesse alguma coisa de inglês.

Mas vai saber se isso existe! Só ouço ou vejo em alguns filmes que por vezes passam na tv.

A água está quente. Melhor me preocupar com o café. Uma xícara de café melhorará tudo.

Certamente.

Onde diabos deixei o charuto?

O cheiro do contato é muito bom. O fogo e a panela. A panela e a água. A água e o café. O café e a língua.

Que cheiro bom de café. No coador de café.

A vista não é sempre observada. Uma lua. Um degradê. Um pôr do sol onde não se vê o sol mais.

Parecem nuvens desenhadas. Melhor...recortadas de uma fotografia e coladas sobre o degradê.

Uma xícara de café. Não faz diferença. Uma só xícara de café. Afinal, para que outra xícara? Uma só basta.

Uma lua. Uma xícara. Um café. Um charuto.

A mente não cansa.

São tantos pensamentos em desencontros. Tantas ideias que insistem em se dizer melhores. Como pode?

E como poderei conhecer tudo?

O contato. O dedo e o fósforo. O fósforo e a caixa. O fósforo e o charuto. O charuto e os lábios. A fumaça e a boca. A fumaça e o vento. O degradê. O sol e a lua.

São só ideias. Qual delas contém a verdade? Se é que alguma contém a verdade.

O sentimento. Quanto ao sentimento não há inverdade. O sentimento do jazz. O sentimento do café. O sentimento que se sobrepõe à ideia. O sentimento de lua.

Um gole de café. Uma baforada. Uma visão de degradê.

Com tanto céu. Com tanto degradê. Com tanto café. Com tanta fumaça. Com tanta mente, que mente e mente. Com tanta lua. Como pode ser verdade? Uma mente ou um café? Uma ideia ou uma afirmação?

A mente não para. Não quer parar. Outra baforada. Um gole de café.

- Adoro essa música!

São ritmos constantes. De um lado ao outro. Indo e vindo. Progresso e retrocesso. A mente mente.

Não há pensamento em vão.

Não há verdade no pensamento. Há verdade. Não há. Há.

Outro gole de café.

Eu quero o sentimento. O feeling como se dizem nos filmes que vejo às vezes na tv.

O jazz.

Uma xícara de café.

Um charuto.

Nada ortodoxo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário