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quinta-feira, 19 de julho de 2012

Que suis-je?

Bonjour, mon ami.

Este blog não é uma expressão artística, nem mesmo um ensaio ou um tratado...

Não tem cunho jornalístico, instrutivo ou destrutivo.

Tudo ou nada poderá ser escrito em duas linhas ou duas caras.

Meu nome é Andrey ou Menocchio e só quero expor, botar pra fora, cuspir, para me ajudar a digerir...

Não significa, exatamente, que seja para mim ou para você. É para mim, porque é meu e não faço questão de divulgar, mas é para você, pois do contrário, não me utilizaria deste meio.

São ideias literatas, oriundas de músicas, tratados, filmes, curtas, cenas, desenhos, animações, do cotidiano, dos olhares pela janela, do ponto de ônibus, das conversas alheias, das minhas conversas, ou de qualquer meio que me permita fazer a significação pessoal ou ressignificação. Aliás é esse um dos pilares que acredito e que maquina este blog. A multiplicidade de informações, em grande número na maioria das vezes, circulando por diversos meios, de certa forma, ilimitadas ou incontáveis, que assimilados pela pessoalidade de que escreve ou de quem diz  tomam outros e diversos significados.

É nisso que acredito, uma ideia exposta permite que dela originem-se outras inúmeras ideias a depender de quem pensa, de quem lê ou ouve. As ideias não têm donos, porque elas são todas ressignificadas a partir da interpretação pessoal.

E até a simples absorção de uma ideia específica para um ser é entendida conforme a sua pessoalidade.

Nesse sentido, uma das grandes ideias centrais é tornar pública ou ao menos externa as ideias que podem assumir as diversas significações que cada um se disponha a fazer, mesmo que sejam críticas.

Tudo isso na linguagem mais plúrima, clara, e próxima do que entendo ressignificar ou significar de acordo com minha pessoalidade.

Por exemplo: li recentemente o livro Raul Seixas por ele mesmo, da editora Martin Claret; é perceptível a crítica ao Belchior e ao trecho de sua autoria "apenas um rapaz latino-americano", como o faz Paulo Coelho. Respeito muito o Raul e gosto muito de suas ideias a partir da minha significação. Mas também gosto muito do Belchior e acho esse trecho genial.

Para mim, "ser apenas um rapaz latino-americano" é uma identidade real (ou aparentemente real) de onde me localizo e qual é minha cultura predominante ou primária. Isso para mim ainda quer dizer que não tenho títulos, não sou reconhecido, não sou rico, não sou Sir, nem americano, inglês ou possuidor de Euros.

Quero dizer, a ideia é de um cara, o Belchior (sei lá o que ele quis dizer mesmo), outro interpretou de forma crítica, o Raul Seixas, e para mim, Andrey ou Menocchio, há uma outra interpretação, que assumo a partir da minha pessoalidade, identifico-me e ressignifico.

Beleza?

Ao final, ou no meio, ou até mesmo no começo, posso mudar de ideia. Por que não?

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